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História

Fig. 3 – História da efedrina e seus usos.

A história da efedrina já é muito longa e conseguiu passar imune a imensas regulamentações sobre drogas de abuso e suplementos alimentares. Durante cerca de 60 anos após as primeiras alegações de toxicidade, a efedrina foi usada e “abusada” pelas mais diversas maneiras, com destaque particular para o seu uso como doping, ou seja, chegou a atingir pessoas da alta sociedade. De seguida são enumerados uma série de acontecimentos cronológicos que ocorreram desde o aparecimento da efedrina até à sua proibição.[6]

  •  Há 5000 anos atrás, a efedrina já era usada com fins medicinais na China;[6]
  • Na china, relatos de 2700 a.C indicam o uso de uma planta local com altas doses de efedrina (provavelmente) por lutadores chineses para dar ânimo e coragem; [6]
  • Em 1885, descoberta e isolamento da efedrina;[7]
  • Em 1920, descobriu-se que a efedrina podia aliviar com segurança problemas como a asma; [6]
  • Introdução no mercado em 1926, aprovado pela AMA (American Medical Association); [6]
  • Em 1940, alguns autores alertam que as alegações sobre os produtos com efedrina eram "falsas, enganosas e sem verdade" e que o seu uso poderia culminar numa doença grave ou morte; [6]
  • Na década de 1960, Comité Olímpico Internacional e outras federações desportivas proibiram o uso de estimulantes como
  • Em 1960, surgem os primeiros relatos de casos que descrevem o "vício" ou psicose em resultado e como consequência do uso da efedrina como droga de abuso em jovens para diversão; [6]
  •  Entre as décadas de 70 e 80, muitas dos comprimidos de anfetaminas confiscados continham na verdade efedrina; [6]
  • Em 1982, o FDA proibiu a "triple drug", mais concretamente produtos que continham efedrina, fenilpropanolamina e cafeína; [6]
  • Em 1994, Maradona foi proibido de jogar por um ano por um controlo antidoping positivo, acusando a substância efedrina num controlo realizado no campeonato mundial de futebol desse ano;[8]
  • Em 1997, 3,5% dos estudantes atletas relataram o uso de efedrina no último ano; [6]
  • Em 2003, a FDA recebeu milhares de AERs (adverse event reports), incluindo casos de enfarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, e morte, todos potencialmente relacionado com a utilização de produtos de efedra, ate esta data praticamente sem regulamentação; [6]
  • Steve Bechler, jogador de basebol profissional, morreu em Fevereiro de 2003 durante um treino. Era suspeito de tomar efedrina e os resultados da medicina legal indicaram que a efedrina desempenhou um papel significativo na sua morte; [6]
  • Em 2004, a Food and Drug Administration (FDA) instituiu a proibição de alcalóides da efedrina em suplementos alimentares, após receber 18 000 queixas a relatar efeitos adversos; [4]
  •  Em 2006, foi instituída a proibição definitiva da efedrina após problemas burocráticos e decisões de tribunais.[4]

Fig. 4 – Proibição da efedrina. [9]

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Bibliografia

Declaração de integridade

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